A planta Cannabis sativa é o nome científico de uma planta milenar e mundialmente conhecida. Seu nome popular varia de acordo com o lugar, nos EUA é mais conhecida como marijuana, em outras é chamada de cânhamo, sendo aqui no Brasil popularmente conhecida como maconha. A Cannabis sativa pode ser utilizada de forma medicinal, alimentícia, têxtil, recreativo, podendo ser legal ou ilegal dependendo das leis de cada país.
O cânhamo pertence a mesma espécie que é a Cannabis sativa, porém se difere em sua composição química (genética) e formas de uso em comparação com a maconha ou marijuana. Quando falamos sobre cânhamo, seu cultivo é voltado para a utilização na manufatura de diversos produtos, incluindo tecidos, papel, materiais de construção, suplementos nutricionais, produtos de higiene pessoal, alimento e bebidas. Já o cultivo da maconha ou marijuana refere ao uso medicinal e recreativo, por conter em sua composição química os compostos que produzem os efeitos terapêuticos e euforizantes da planta (1).
Estudos indicam que a planta Cannabis sativa é originária da Ásia central, no qual é manipulada pelo se humano há mais de 10.0000 anos. Na China, era muito utilizada para múltiplas finalidades como o caule para fazer fibras de tecidos, a extração de óleo era realizada das suas sementes e como medicina para aliviar dores. As diferentes culturas antigas, egípcios, gregos índios, utilizavam a Cannabis sativa como alimento, medicina, combustível, fibras e em rituais religiosos.
Hoje, sabe-se que a planta Cannabis sativa pertence à família de angiospérmicas, denominada Cannabaceae, amplamente cultivada em várias partes do mundo. As folhas são finamente recortadas em segmentos lineares; as fêmeas não fecundadas produzem flores que possuem tricomas onde há uma resina que é extraída dos tricomas rica em fitocanabinoides, terpenos e flavonoides; o caule possui fibras fortes industrialmente importantes.
A Cannabis sativa L. foi descrita por Carolus Linnaeus em 1953, aonde o L. vem do seu sobrenome Linnaeus. Em 1976, foi realizada uma redescrição por Enerst Small e Arthur Cronquist (2).
Dentro da espécie da Cannabis sativa, encontramos as subespécies, que por sua vez também apresentam suas variedades. Existem três subespécies, de acordo com a classificação APG II (Angiosperm Phylogeny Group, Grupo para a Filogenia das Angiospermas) que são: Cannabis sativa subsp. sativa, Cannabis sativa subs. indica e Cannabis sativa subs. ruderalis também conhecida como spontanea. Hoje em dia é mais comum o cultivo da Cannabis sativa sativa, Cannabis sativa indica e híbridas, que são novas subespécies resultado do cruzamento entre as diferentes espécies (3).
Alguns exemplos são:
Cannabis
Cannabis sativa L.
sativa subsp. sativa
sativa subsp. sativa var. sativa
sativa subsp. sativa var. spontanea
C. sativa subsp. indica
C. sativa subsp. indicavar. indica
C. sativa subsp. indica var. kafiristanica
Conforma a variedade e a subespécie da Cannabis sativa sua composição química se difere, obtendo assim diferentes porcentagens entre os principais fitocanabinoides (Δ9-THC, CBD, CBG, CBN), terpenos e flavonoides. Além disso, também há diferenças físicas como tamanho, cor, formato das folhas e flores, cheiro, entre outras características.
Referências: